Documentário:Aprendendo sobre Ufologia

Introdução à Ufologia

Ufologia ou Ovnilogia é o estudo de relatos, registros visuais, evidências físicas e demais fenômenos relacionados aos objetos voadores não identificados, ou OVNI. A Palavra Ufologia deriva da sigla em inglês UFO (acrônimo de: Unidentified Flying Object) para OVNI e da palavra λογία (lo-gía), que no grego antigo quer dizer estudo, razão

Uma das evidências de OVNI mais famosas, foto tirada em 31 de Julho de 1952, Nova Jérsei, Estados Unidos.

Em sua fase moderna, a Ufologia foi inaugurada em 24 de junho de 1947 com o registo visual do piloto particular Kenneth Arnold em Washington, EUA. Arnold descreveu o movimento dos objetos como os de "um disco lançado sobre a água". No Brasil, pode-se citar dois dos casos mais populares da Ufologia: A Operação Prato e o Incidente de Varginha

Hipóteses ufológicas

Para interpretar os mais diversos fenômenos relacionados à ufologia, uma listagem de teorias mais comumentemente aceitas entre ufólogos foram estabelecidas. Nelas existem diferentes correntes de pensamento, desde as de caráter cético, julgando todo o fenômeno como má-interpretação ou fraude, até as de carácter místicos.

Hipóteses envolvendo a existência objetiva de OVNI

Estas hipóteses especulam que o fenômeno derive em todo ou em parte de um fenômeno particular, ao invés da mente do observador.

[editar] A hipótese extraterrestre

A hipótese extraterrestre (HET) teoriza que alguns avistamentos de OVNI são espaçonaves alienígenas.

A hipótese de aeronaves humanas avançadas

Esta é a teoria de que todos ou ao menos alguns avistamentos de OVNI são aeronaves experimentais, avançadas ou secretas de origem terrestre.

Há uma teoria, de que grupos secretos desenvolvendo estas aeronaves nos EUA têm encorajado a ufologia a seguir a ideia de "naves extraterrestres" para desviar a atenção de suas atividades.

A hipótese interdimensional (ou hipótese "ultraterrestre")

A Hipótese Interdimensional tem dois significados aqui.

OVNI como ilusões ou enganos

A hipótese de explicação natural

Esta é a teoria de que a maior parte dos avistamentos de OVNI são devidos a fenômenos naturais mal percebidos como relâmpagos globulares ou ilusões óticas. Veja OVNI ou às vezes aviões.

Hipótese Psicossocial

Esta é a teoria de que alguns avistamentos OVNI são alucinações, sugestões hipnóticas ou fantasias e são causadas pelo mesmo mecanismo que muitas experiências ocultas, paranormais, sobrenaturais ou religiosas (comparar com supostos avistamentos da Virgem Maria. Ver a entrada Hipótese Psicossocial.

O comportamento destas fantasias pode ser influenciado pelo ambiente em que a suposta testemunha foi criada: contos de fadas ou religião, ficção científica, etc: por exemplo, uma suposta testemunha pode ver fadas enquanto outra achará ver Greys.

Fraudes

Várias das supostas evidências de OVNI são, na verdade, fraudes.

Casos mais Conhecidos

Descrição

Caso Campeche

O Caso Campeche teve lugar no México em 2004, quando a câmera infravermelha de um avião da Força Aérea Mexicana supostamente filmou onze óvnis no espaço aéreo do país.

Em 5 de março de 2004, um avião Merlin C-26/A do 501ª Esquadrão da Força Aérea Mexicana efetuava uma patrulha de combate às drogas no estado mexicano de Campeche. Pouco antes de 17h, o tenente Germán Marín Ramírez, o operador de radar do avião, reparou em onze ecos de radar não identificados. Ele advertiu então o Major Castañón Magdaleno Muñoz, piloto da aeronave, que decidiu investigar os ecos, pensando serem de aviões de narcotraficantes. No entanto, a tripulação nada conseguia enxergar a olho nu. A câmera de infravermelho foi nesse momento ativada, registrando onze globos que aparentavam voar sobre o mar do país.

Caso da Ilha da Trindade

O Caso da Ilha da Trindade relaciona-se à aparição de um objeto voador não-identificado que teria sido visto pela tripulação do navio Almirante Saldanha, da Marinha Brasileira, em 16 de janeiro de 1958.

Em 16 de janeiro de 1958, o fotógrafo baiano, radicado em Niterói, Almiro Baraúna (30 de abril de 1916 - Niterói, 29 de julho de 2000), então com 42 anos de idade, convidado pela Marinha do Brasil para participar de pesquisas oceanográficas na Ilha da Trindade, no litoral capixaba, teria feito, a bordo do navio-escola Almirante Saldanha, quatro fotografias de uma nave discóide sobre a ilha. O filme foi revelado ainda a bordo do navio – mais precisamente na enfermaria, improvisada como laboratório –, mas devido ao pequeno tamanho do negativo, a suposta nave não pôde ser visualizada por nenhum dos presentes. Dias após o desembarque no continente, Baraúna apresentou à imprensa as fotografias em positivo, ampliadas, alegando serem do tal objeto. Só duas pessoas, o capitão da Força Aérea Brasileira José Teobaldo Viegas e Amilar Vieira Filho, amigos de Baraúna, alegaram ter visto o disco, além do próprio fotógrafo. Em 1967, Baraúna escreveu como o avistamento se teria dado:

"Em 16 de janeiro de 1958, o navio-escola de guerra da marinha “Almirante Saldanha” estava atracado em uma enseada na Ilha Trindade, a umas 800 milhas da costa do Espírito Santo. Eram por volta das 11h, céu claro, a tripulação se preparava para retornar ao Rio de Janeiro quando de repente um grupo de pessoas na popa do navio, dentre elas o capitão-aviador aposentado da Força Aérea Brasileira José Viegas, alertou a todos. Instantaneamente, todos que estavam no convés, umas cinquenta pessoas, começaram a ver um estranho objeto prateado e com forma de pires que se moveu do mar na direção da ilha. O objeto não emitiu nenhum ruído, era luminoso e às vezes se movia rapidamente, depois devagar, para cima e suavemente para baixo e quando acelerava deixava um rastro branco fosforescente que desaparecia rapidamente. Em sua trajetória, o objeto desaparaceu detrás da montanha Pico Desejado e todos esperavam que fosse aparecer do outro lado da montanha, ele reapareceu na mesma direção, parou por alguns segundos e então desapareceu novamente a uma grande velocidade pelo horizonte. Em um primeiro momento quando o objeto retornou, fui capaz de tirar seis fotos, das quais duas se perderam devido ao pandemônio no convés, e as outras quatro fotos mostram o objeto no horizonte, em uma sequência razoável, aproximando-se da ilha do lado da montanha, e finalmente desaparecendo, indo embora. Eu tirei o filme de minha câmera 20 minutos depois seguindo o pedido do comandante, que queria saber se as fotos eram de boa qualidade. Quase toda a tripulação do navio viu o filme e eram unânimes em seus reportes ao Serviço Secreto da Marinha Brasileira. Estes eram os tripulantes do navio:

Chefe Amilar Vieira Filho, banqueiro, mergulhador e atleta; Vice-chefe: Capitão-Aviador aposentado da Força Aérea Brasileira José Viegas; Mergulhadores: Aluizio e Mauro; Fotógrafo: Almiro Baraúna

O grupo acima também era membro do grupo de caça submarina do Icaraí. Entre os cinco membros, apenas Mauro e Aluizio não viram o objeto porque estavam na cozinha do navio e quando correram para vê-lo, este já havia desaparecido. De acordo aos rumores que escutei no convés, o equipamento elétrico do navio parou durante a aparição do objeto; o que posso confirmar é que depois do navio deixar a ilha, o equipamento elétrico parou três vezes e os oficiais não tinham nenhuma firme explicação para o que estava acontecendo. Toda vez que o navio parava, as luzes esvaneciam lentamente até o ponto em que se apagavam completamente. Quando isso acontecia, os oficiais caminhavam ao convés com seus binóculos, no entanto, o céu já estava cheio de nuvens e não podiam ver nada. Preciso dizer que se o repórter do jornal "Correio da Manhã" não fosse esperto o suficiente para tirar cópias das fotos oferecidas ao então presidente Juscelino Kubitschek, talvez ninguém soubesse sobre esses fatos já que a Marinha havia me “marcado”, perguntando quanto eu queria para não dar nenhuma publicidade às fotos. Eu gostaria de deixar claro que todos os oficiais com quem tive contato durante todo o tempo do inquérito foram muito amáveis comigo, me senti completamente confortável e não impuseram nenhuma objeção à revelação do caso. Apenas mencionaram que a natureza sensacionalista do caso poderia causar pânico na população e essa era a razão pela qual as Forças Armadas Brasileiras queriam evitar publicidade a casos dessa natureza.

30/01/1967

Almiro Baraúna

Caso Mantell

O Caso Mantell diz respeito à queda e morte do capitão Thomas F. Mantell, de 25 anos, piloto da Kentucky Air National Guard, em 7 de janeiro de 1948, enquanto perseguia a um UFO.

Na manhã de 7 de janeiro de 1948, comandados pelo capitão Thomas F. Mantell, quatro aviões de combate tipo F-51D Mustang regressavam de um voo de exercício na Base Aérea de Godman, em Fort Knox, Estados Unidos. Nesse momento, o controlador de rádio da torre notificou-os que um objeto não identificado tinha sido avistado no céu, entre as nuvens. Acelerando, os caças saíram em perseguição ao OVNI. Um dos caças, com menos combustível, recebeu autorização para pousar. Os outros dois pilotos acompanharam Mantell na interceptação do objeto. Eles depois relatariam que viram um objeto, mas o descreveram como tão pequeno e indistinto que não puderam identificá-lo.

Apenas um dos companheiros de Mantell, tenente Albert Clemmons, tinha uma máscara de oxigênio, e seu oxigênio estava acabando. Clemmons e o outro piloto, tenente Hammond, abandonaram a perseguição a 6.900m de altitude. Mantell continuou a subir, entretanto. O pessoal da torre de controle ouviu-o dizer, excitado: “Estou chegando perto dele”. Depois, silêncio.

Eram 15h15min quando Mantell transmitiu pela última vez. Uma hora depois acharam o seu avião despedaçado, e seu corpo decapitado. Seu relógio parara às 15h18min.

Caso Roswell

O Caso Roswell, ou Incidente em Roswell diz respeito a uma série de acontecimentos ocorridos em julho de 1947 na localidade de Roswell (Novo México, EUA), onde um OVNI teria caído.

No dia 8 de julho de 1947, em Roswell (Novo México, Estados Unidos) o jornal Roswell Daily Record publicou em primeira página a notícia de que o 509º Grupo de Bombardeiros da então Força Aérea do Exército dos EUA havia tomado posse dos destroços de um disco voador: RAAF (Roswell Army Air Field, Aeródromo Militar de Roswell) captura disco voador em rancho na região de Roswell, era o título da manchete.

A notícia causou rebuliço na cidade, mas já no dia seguinte o jornal desmentia a história: A notícia sobre os discos voadores perde o interesse. O disco do Novo México é apenas um balão meteorológico.

Os destroços haviam sido encontrados originalmente por um fazendeiro chamado William "Mac" Brazel, que deu uma entrevista ao Roswell Daily Record contando como foi o achado, publicada no dia 9 de julho. Ele disse que no dia 14 de junho, enquanto andava a cavalo com o seu filho Vernon de 8 anos, deparou-se a cerca de 12 quilômetros do rancho em que vivia com uma série de destroços. Acostumado a encontrar restos de balões meteorológicos, não lhes deu importância de início, só vindo a recolher o material no feriado do 4 de Julho, juntamente com a sua mulher e a sua filha Bessie de 14 anos. Nesse mesmo dia ele contou a sua história aos vizinhos Floyd e Loretta Proctor, que o informaram que alguns jornais ofereciam até 3.000 dólares por uma prova dos chamados “discos voadores”, assunto que estava causando furor na imprensa devido às declarações do piloto Kenneth Arnold feitas um mês antes.

Arnold relatou que, ao sobrevoar o Oregon, avistou o que seriam aeronaves voando em formação, e descreveu o seu movimento como o de pedras ou discos deslizando na superfície de um lago. A imprensa logo cunhou o termo “disco voador”, excitando as imaginações, o que estimulou quase mil relatos de avistamentos de ufos nas semanas seguintes (hoje acredita-se que o que Arnold viu foram na verdade pássaros migrando).

Em 7 de julho de 1947 Brazel dirigiu-se até delegacia do xerife George Wilcox, no condado de Chavez, informando-o de que teria talvez encontrado os restos de um disco voador. O xerife telefonou para a base aérea de Roswell, que enviou o Major Jesse Marcel, do 509º Grupo de Bombardeiros, juntamente com o Capitão Sheridan Cavitt, para analisarem os destroços.

Major Marcel recolheu o material e o transportou para a base de Fort Worth. Enquanto isso a história se espalhou, dando origem à manchete do Roswell Daily Record do dia 8. No dia seguinte o Exército tratou de desmentir a versão do disco voador, afirmando que os destroços encontrados eram de um balão meteorológico.

Caso Travis Walton

O Caso Travis Walton diz respeito aos acontecimentos que envolveram o madeireiro estadunidense Travis Walton (nascido em 23 de abril de 1957) na noite de 5 de novembro de 1975, quando teria sido abduzido por um OVNI na Floresta Nacional de Apache-Sitgreaves, no Arizona, sob as vistas dos seus companheiros, reaparecendo somente após cinco dias de buscas intensas.

O caso de Walton recebeu considerável publicidade da mídia, sendo um dos exemplos mais conhecidos de alegada abdução alienígena, e um dos poucos com testemunhas oculares. Nunca antes um relato de abdução começou da maneira relatada por Walton e seus colegas de trabalho; além disso, o caso é singular no aspecto de que o protagonista desapareceu por dias a fio, com policiais à sua procura.

O caso começou em uma quarta-feira, 5 de novembro de 1975. Walton era empregado de Mike Rogers, que durante nove anos fora contratado pelo Serviço Florestal dos Estados Unidos para diversas tarefas. Rogers, então com 28 anos, e Walton, com 22, eram os melhores amigos; Travis namorava a irmã de Roger, Dana, com quem mais tarde se casaria. Os outros homens no grupo eram Ken Peterson, John Goulette, Steve Pierce, Allen Dallis e Dwayne Smith, que viviam na pequena cidade de Snowflake, Arizona.

Rogers fora contratado para podar árvores baixas e outros arbustos em uma grande área (mais de 1.200 acres) próxima de Turkey Springs, Arizona. O trabalho era o contrato mais lucrativo de Rogers com o Serviço Florestal, mas seu pessoal estava com o cronograma atrasado. Assim, precisavam trabalhar durante longos turnos para atender o contrato, normalmente das 6h da manhã até o por do sol.

Pouco depois das 18h, no anoitecer de 5 de novembro, Roger e seu grupo haviam terminado seu trabalho naquele dia e se acomodavam na caminhonete de Roger para voltarem a Snowflake.

O grupo informou que logo depois de começarem o retornar, viram uma luz brilhante vindo de trás de uma colina adiante. Ao se aproximarem de carro o bastante para ver a fonte da luminosidade, perceberam que esta emanava de um objeto discóide parado a uns 6m de altura e dividido por linhas verticais escuras. O disco tinha aproximadamente 2,5m de altura e 6m de diâmetro.

Rogers diminuiu a velocidade da caminhonete até parar, após o que, segundo eles, Walton saltou da caminhonete e correu em direção ao disco. Os outros homens disseram que gritaram para que Walton voltasse, mas ele continuou em direção ao disco. Mais tarde ele explicaria a sua atitude: "Eu fiquei com medo do OVNI ir embora e eu perder a chance da minha vida de ver um disco voador."

Os homens relataram que Walton estava quase abaixo do disco quando o objeto começou a emitir ruídos muito altos, similares aos de uma turbina. A espaçonave começou a rodopiar e Walton se abaixou atrás de uma pedra. Ao se levantar para voltar à picape sentiu como que uma alta descarga elétrica e desmaiou. Ele aparentemente não viu o que o acertou, mas seus amigos sim: um forte raio de luz azul saído do OVNI.

Rogers disse mais tarde que estava convencido de que Walton morrera e, assim, se afastou dirigindo rapidamente pela estrada acidentada, com medo de que o disco estivesse perseguindo a caminhonete. Quando já estavam distantes do local, Rogers olhou para trás e viu que nada os seguia. As discussões começaram sem demora. Peterson e Rogers disseram que eles deveriam voltar e pegar Walton, mas alguns rejeitaram a idéia. Nesse momento, Rogers parou a caminhonete e disse com firmeza: "Quem não quiser voltar saia do carro agora e espere! Agimos como um bando de covardes, é verdade, mas precisamos fazer o que devíamos ter feito em primeiro lugar!"

Todos concordaram em voltar. Ainda estavam se aproximando do local do incidente quando Rogers, o motorista, conseguiu ver rapidamente entre as árvores, ao longe, o objeto luminoso subindo e afastando-se a alta velocidade para nordeste.

Quando chegaram ao lugar onde haviam abandonado Walton, estava tudo quieto. Ainda receosos, saíram do veículo juntos, mas acabaram por se separar para vasculhar melhor a área, chamando pelo amigo. Inicialmente eles ficaram aliviados por não encontrar nenhum corpo, achando que Walton havia escapado. Mas depois de procurarem bastante e nada encontrarem, pensaram com horror na hipótese que restava: ele havia sido levado pelo disco voador!

Aproximadamente às 19h30min, Peterson ligou para a a polícia de Heber, Arizona, próximo a Snowflake. O agente Chuck Ellison, da Polícia de Navajo, respondeu à chamada. Inicialmente, Peterson informou que um membro de sua equipe de madeireiros estava desaparecido. Em seguida, Ellison se encontrou com os homens em um centro comercial, onde relataram sua história, todos eles perturbados, dois em prantos, e embora estivesse cético a princípio sobre aquele relato fantástico, Ellison mais tarde refletiu que "se estivessem fingindo, eram tremendamente bons naquilo."

Ellison informou seu superior, o xerife Martin Gillespie, que disse a Ellison para manter os homens em Heber até que ele chegasse com o agente Ken Coplan para interrogar os homens. Em menos de uma hora, Gillespie e Coplan chegaram, e ouviram a história contada pelos próprios homens. Rogers insistia em retornar ao local imediatamente para procurar por Walton, com cães farejadores, se possível. Não havia cães disponíveis, mas os policiais e alguns dos homens retornaram ao local. Três dos membros do grupo – Smith, Pierce e Goulette – estavam perturbados demais para serem úteis em uma busca e, assim, decidiram voltar para Snowflake e relatar as más notícias aos amigos e familiares.)

De volta ao local, os policiais começaram a suspeitar da história relatada pelo grupo, principalmente porque não havia nenhum indício físico para comprovar o relato. Embora mais policiais e voluntários chegassem ao local, não encontraram nenhum sinal de Walton. As noites de inverno podem ser bem frias nas montanhas e Walton usava somente jeans, uma jaqueta de brim e uma camiseta. A polícia temia que Walton pudesse sucumbir à hipotermia se estivesse perdido.

Rogers e o xerife Coplan foram dar a notícia à mãe de Walton, Mary Walton Kellett, que vivia em um pequeno rancho em Bear Creek, a umas 10 milhas (16 km) de Snowflake. Rogers contou a ela o que acontecera e ela pediu que repetisse o relato. Em seguida, perguntou calmamente se alguma outra pessoa além da polícia e das outras testemunhas tinha ouvido a história. Coplan achou estranha a discrição da resposta, um fator que contribuiu para a crescente suspeita entre a polícia de que outra coisa era responsável pelo sumiço de Walton, não um OVNI.

Aproximadamente às 3h da madrugada, a sra. Kellet telefonou para Duane Walton, seu segundo filho mais velho, que rapidamente deixou sua casa em Glendale, Arizona, e dirigiu até Snowflake.

Na manhã de 6 de novembro, muitos agentes e voluntários haviam vasculhado a área no local em que Travis desaparecera. Nenhum vestígio dele fora descoberto e a suspeita aumentava entre os policiais de que a história do OVNI fora inventada para encobrir um acidente ou homicídio. No sábado de manhã, Rogers e Duane Walton chegaram ao escritório do xerife Gillespie explosivamente furiosos por terem retornado ao local e não encontrado nenhum policial lá. Naquela tarde, a polícia buscava por Travis com helicópteros, homens a cavalo e jipes.

No sábado, a notícia do desaparecimento de Walton já havia se espalhado internacionalmente. Repórteres, ufologistas e curiosos começaram a chegar a Snowflake.

Entre os visitantes estava Fred Sylvanus, um investigador de OVNIs de Phoenix, que entrevistara Rogers e Duane Walton no sábado, 8 de novembro. Embora repetidamente expressando preocupação pelo bem-estar de Travis (e criticando o que a eles parecia ser um esforço sem empenho da polícia), ambos os homens deram declarações que os atormentariam quando usadas pelos críticos.

Nas gravações feitas por Sylvanus, Rogers notou que, por causa do desaparecimento de Travis e da busca posterior, não conseguiria cumprir seu contrato com o Serviço Florestal e esperava que a busca por seu amigo desaparecido aliviasse a situação. Duane Walton informou que ele e Travis tinham bastante interesse em OVNIs e que uns doze anos antes Duane vira um OVNI similar àquele visto pelo grupo de madeireiros. Duane relatou que ele e Travis haviam decidido que, se tivessem chance, chegariam mais perto possível de qualquer OVNI que vissem. Duane também sugeriu que Travis não seria ferido pelos alienígenas, porque "eles não machucam as pessoas". Inadvertidamente, Rogers e Duane Walton lançaram as bases para uma interpretação alternativa do caso com suas declarações. Mais tarde, Travis diria que nunca tivera um “grande” interesse em OVNIs, mesmo depois da suposta abdução, mas a fita com a gravação da declaração de seu irmão Duane, enquanto Travis estava desaparecido, contraria a declaração de Travis.

Logo depois da entrevista de Sylvanus, o delegado de Snowflake, Sanford Flake, declarou que todo o caso fora uma peça engendrada por Duane e Travis. Eles haviam enganado a turma de madeireiros acendendo um balão e "soltando-o no momento apropriado". A esposa de Flake discordava, dizendo que a história do marido era tão forçada quanto a de Duane Walton.

Nesse meio tempo, os policiais visitavam repetidamente a casa da sra. Kellet. Numa ocasião, Duane retornou e a encontrou às lágrimas enquanto era interrogada em sua sala de estar. Duane disse à polícia para sair, a menos que tivesse algo novo para informar ou perguntar. Duane sugeriu que ela falasse com a polícia somente na varanda da frente, o que lhe permitiria interromper a entrevista em qualquer momento, bastando simplesmente entrar na casa. Foi exatamente o que ela fez após o delegado Flake chegar com uma mensagem que contribuiu para o sentimento entre os céticos de que a sra. Kellet estava escondendo alguma coisa. Ou alguém.

Duane também conversou com William H. Spaulding do Ground Saucer Watch. Spaulding sugeriu que se Travis retornasse, o GSW poderia providenciar um médico para examiná-lo confidencialmente. Spaulding também sugeriu que, após retornar, Travis deveria guardar sua primeira urina para ser testada.

Na segunda-feira, 10 de novembro, todos os outros membros do grupo de Rogers passaram por um teste com o polígrafo, administrados por Cy Gilson, funcionário do Departamento de Segurança Pública do Arizona. Seu questionário perguntava se algum dos homens fizera algum mal a Travis (ou sabia de alguém que o tivesse feito), se sabiam onde o corpo de Travis estava enterrado e se disseram a verdade sobre terem visto um OVNI. Todos os homens negaram ter ferido Travis (ou saberem de alguém que o tivesse feito), negaram saber onde seu corpo estava e insistiram que realmente viram um OVNI.

Exceto por Dallis (que não completara seu exame, tornando-o inválido), Gilson concluiu que todos os homens diziam a verdade e os resultados do exame foram conclusivos. O relatório oficial de Gilson dizia que "Os exames com o polígrafo provam que os cinco homens realmente viram um objeto que acreditam ser um OVNI e que Travis Walton não foi ferido nem morto por nenhum desses homens naquela quarta-feira." Se o OVNI fora uma brincadeira, pensava Gilson, "cinco desses homens não tinham nenhum conhecimento do fato."

Mais tarde, Dallis admitiu ter ocultado uma passagem pela polícia para conseguir o emprego com Rogers e, por medo de ter sua mentira revelada, abandonou o teste com o polígrafo.

Após os testes do polígrafo, o xerife Gillespie anunciou ter aceitado a história do OVNI, dizendo: "Não há dúvida de que estão dizendo a verdade."

Flake não se deixou persuadir. Em uma ocasião, apareceu na casa da sra. Kellet com uma equipe de televisão, esperando descobrir Travis escondido ali.

Pouco antes da meia-noite de segunda-feira, 10 de novembro, Grant Neff relatou ter atendido o telefone de sua casa em Taylor, Arizona, a algumas milhas de Snowflake (Neff era casado com a irmã de Travis, Alison). O outro lado, uma voz tênue disse, "É Travis. Estou em uma cabine telefônica no posto de gasolina de Heber e preciso de ajuda. Vem me buscar."

Neff disse que, no início, pensou ser mais um trote. Contudo, antes que Neff desligasse o telefone, a pessoa falou novamente, quase histérica e gritando, "Sou eu, Grant... Estou ferido e preciso muito de ajuda. Vem logo me buscar." Neff reconsiderou a identidade da pessoa do outro lado da linha: seu pânico parecia genuíno e, assim, Neff e Duane Walton dirigiram até o posto de gasolina.

Eles disseram ter encontrado Travis lá, caído na segunda de três cabines telefônicas. Usava as mesmas roupas de quando desapareceu, ainda inadequadas, já que a temperatura era de aproximadamente -7 °C, parecia mais magro e não ter se barbeado durante o tempo em que esteve ausente.

Durante a viagem de volta a Snowflake, Travis parecia assustado, trêmulo e ansioso, balbuciando repetidamente sobre seres com olhos terríveis. Pensava que estivera ausente apenas por algumas horas. Quando soube que sumira por quase uma semana, pareceu atordoado e parou de falar.

Duane Walton disse que decidiu não revelar a volta de Travis imediatamente, preocupado com a condição aparentemente frágil de seu irmão. Por não avisar as autoridades, Duane seria acusado de cumplicidade na ocultação de indícios que ele e Travis poderiam não querer que a polícia visse.

Na casa de sua mãe, Travis disse que tomou banho e comeu, mas que não conseguia deixar de vomitar, mesmo após refeições leves. Como Spaulding sugerira, Duane disse a Travis para guardar uma amostra de sua primeira urina após o retorno.

Após receber informação de um funcionário da companhia telefônica aproximadamente às 2h30min, a polícia soube que alguém ligara para a família Neff de um telefone público no posto de gasolina de Heber. Gillespie enviou agentes para coletar impressões digitais das cabines, mas tanto quanto os agentes puderam perceber no escuro, nenhuma das impressões era de Travis. Esse fato seria notado por críticos que pensavam que todo o caso era um trote, enquanto os que defendem o caso alegaram que um exame de impressões digitais feito no escuro, nas primeiras horas da madrugada, por dois agentes usando lanternas, dificilmente seria o ideal, sequer suficiente.

Duane se lembrou da oferta de Spaulding de um exame médico confidencial. Sem avisar as autoridades do retorno de Travis, Duane o levou até Phoenix, Arizona, mais tarde na manhã de terça-feira, onde se encontraram com o dr. Lester Steward.

Os Walton relataram que ficaram desapontados ao saberem que Steward não era um médico, conforme Spaulding prometera, mas um hipnoterapeuta. Mais tarde, Spaulding e Steward informariam que os Walton permaneceram com eles por mais de duas horas, enquanto os Walton insistem que permaneceram no consultório de Steward por no máximo 45 minutos, a maioria deles ocupados em tentar determinar a natureza das qualificações de Steward. Mais tarde, o tempo exato passado no consultório de Steward se tornaria um problema para o caso.

Na tarde de terça-feira, o retorno de Travis vazou para o público. Duane recebeu um telefonema de Spaulding e disse a ele que não importunasse a família novamente.

Entre outros telefonemas à procura de notícias sobre o retorno de Travis, um veio de Coral Lorenzen, da APRO, um grupo civil de pesquisa de OVNIs. Coral prometeu a Duane que ela providenciaria que Travis fosse examinado por dois médicos, um clínico geral, Joseph Saults, e um pediatra, Howard Kandell, na casa de Duane. Duane concordou e o exame começou aproximadamente às 3h30min da tarde de terça-feira.

Entre o telefonema de Lorenzen e o exame do médico, outro personagem apareceria e complicaria enormemente a história. Lorenzen recebeu um telefonema de um funcionário do National Enquirer, um tabloide americano conhecido por seu tom sensacionalista. O funcionário do Enquirer prometeu financiar as investigações da APRO, em troca da cooperação da APRO "para ter acesso aos Walton". Uma vez que os recursos financeiros do Enquirer eram bem maiores que os da APRO, Lorenzen aceitou o acordo.

O exame médico revelou que Travis estava essencialmente em boas condições, mas que duas características incomuns foram notadas:

Um pequeno ponto vermelho na dobra do cotovelo direito de Travis, condizente com a picada de uma injeção, porém os médicos notaram que o ponto não estava próximo de nenhuma veia.

A análise da urina de Travis revelou uma falta de cetonas. Isso era incomum, já que Travis estivera ausente por cinco dias com muito pouca ou nenhuma comida, conforme insistia (e sua perda de peso sugeria), e seu corpo já deveria ter começado a consumir gorduras para sobreviver, elevando os níveis de cetonas na urina. Os críticos argumentariam que essa incoerência seria um indício contra a história de Travis.

Travis especularia mais tarde que a marca em seu cotovelo poderia ter sido contraída durante o trabalho com a madeira. Os críticos especulariam que a marca demonstrava que Travis (ou outra pessoa) injetara drogas em seu sistema. Os exames médicos, porém, não encontraram nenhum indício disso.

Quando o xerife Gillespie soube do retorno de Travis através da mídia, ficou furioso. Gillespie pensava ter demonstrado sua crença na história de OVNI com seu anúncio após os testes do polígrafo. Duane, contudo, ainda estava ressentido com o que acreditava ter sido um esforço apático das buscas por Travis.

Travis, então, contou a Gillespie o que acontecera durante os cinco dias em que estivera ausente. Foi a primeira vez em que contou o ocorrido a alguém, a não ser sua família e amigos mais chegados.

De acordo com Walton, ele foi abduzido pelo OVNI. Quando voltou a si, estava cheio de dores pelo corpo, num enorme mal-estar físico. Nos primeiros instantes não se atreveu a abrir os olhos, tal era a dor. Finalmente os abriu e começou a distinguir as primeiras formas. Percebeu que estava deitado sobre uma mesa e viu um retângulo no teto do qual saía uma luz difusa que iluminava a sala. Pensando estar num hospital e ainda com a visão debilitada, ele sentiu uma pressão no abdômen e percebeu que três figuras, provavelmente médicos, vestidos de vermelho, colocaram um estranho aparelho metálico na sua barriga.

Walton começava a achar estranha a cor das roupas dos "médicos" que o examinavam quando recuperou a visão abruptamente. Olhou então melhor e ficou chocado: não eram médicos que o observavam, mas sim pequenas criaturas com olhos escuros enormes! As suas cabeças eram desproporcionais em relação ao corpo e não apresentavam cabelos nem nariz ou orelhas salientes. As suas roupas eram constituídas por uma peça única, sem cintos nem qualquer tipo de adereços. "Pareciam com fetos", diria mais tarde.

Assustado, Walton levantou-se rapidamente da mesa empurrando uma das criaturas e fazendo o aparelho que estava na sua barriga cair no chão. Ele percebeu que os seres eram bem leves e fáceis de derrubar. No entanto, Walton ainda estava muito enfraquecido e não conseguiu se agüentar nas pernas, apoiando-se na mesa. Ao ver que as criaturas aproximavam-se para agarrá-lo, tentou então vencer a sua fraqueza, pondo-se de pé e agarrando um tubo transparente de cima da mesa. Tentou quebrar a parte de cima para poder ameaçar os seres, mas o objeto era inquebrável. Os seres faziam sinais de "não" ou "pare" para ele. Walton começou a gritar para as criaturas se afastarem. Depois de o encararem por alguns instantes, os seres saíram por uma porta atrás de si rapidamente, em direção a um corredor à direita. Walton, nervoso, e apoiando-se numa bancada, começou a observar os estranhos objetos do aposento à procura de algo melhor para se defender caso as criaturas voltassem.

Vendo que nada acontecia, decidiu também ele sair pela porta em direção ao corredor, onde não se via ninguém. Passou por uma porta à esquerda que dava para o que parecia ser uma sala, mas não se atreveu a olhar lá para dentro, tal era o medo. Mais à frente, outra porta, desta vez à direita. Walton abrandou o passo, na esperança de encontrar ali uma saída.

Entrou numa sala redonda com três retângulos nas paredes, semelhantes a três portas fechadas. No centro da sala estava uma cadeira voltada de costas para a entrada. Walton decidiu entrar devagar, receando que alguém estivesse sentado na cadeira. Vendo que estava desocupada, aproximou-se. Observou um estranho fenômeno: à medida que se aproximava da cadeira, as paredes da sala iam escurecendo. Pontos brilhantes apareciam, como estrelas. Quando chegou à cadeira, era como se as paredes tivessem ficado transparentes e ele pudesse ver o céu noturno. No braço esquerdo da cadeira ficava uma pequena alavanca e no direito um display luminoso com filas de botões coloridos. Pensando que um daqueles botões podia abrir alguma porta, Walton começou a apertá-los, sendo a única reação uma alteração dos ângulos e da posição das linhas que surgiam no display luminoso. Decidiu então sentar-se na cadeira, obviamente feita para alguém com um corpo menor que o seu. Pegando na alavanca à direita e pressionando-a para a frente, viu as estrelas todas moverem-se rapidamente para baixo, como se ele estivesse a conduzir a nave! Receoso de causar um acidente, de desviar o curso da nave e não saber voltar, decidiu não tocar em mais nada.

Voltando para a extremidade da sala, as paredes voltaram a ficar como estavam ao princípio e ele tentou encontrar algo que abrisse uma das três portas na parede, sem sucesso. Voltou à cadeira e novamente as paredes escureceram. De repente, Walton ficou surpreendido pelo que viu na porta de acesso: outro ser humano! O humanóide tinha uns 2m e vestia um capacete transparente; era musculoso, tinha cabelos loiros compridos e vestia uma roupa justa azul.

Walton correu até ele e começou a fazer várias perguntas, mas o homem manteve-se calado. Depois, agarrou Walton pelo braço. Ele achou que o homem não respondeu nada por causa do seu capacete e pensou que ele o levaria para um lugar onde ele poderia tirar o capacete e conversar.

Eles finalmente foram a uma outra sala, onde Walton viu uma mulher e dois homens sentados. Eles estavam vestidos iguais ao ser que o acompanhava e como ele tinham feições e corpo perfeitos. A mulher tinha um cabelo mais comprido do que os dos homens. Eles não usavam capacetes.

Walton chegou a perguntar "onde diabos estava". Os seres somente olharam para ele com uma expressão serena. O ser que estava de capacete sentou Walton numa cadeira e saiu da sala.

Walton continuava a falar, e a mulher e um dos homens pegaram seus braços e colocaram numa mesa próxima, mas ainda com aquela expressão de compaixão e serenidade. Ele viu que eles não iriam responder a nada e então começou a gritar com eles. A mulher pegou um objeto que parecia uma máscara de oxigênio, mas sem tubo, e colocou no nariz e boca de Walton que perdeu a consciência e só acordou quando estava deitado perto de uma rua em Heber. Ao acordar, ele ainda pôde ver o objeto se distanciando.

Incidente de Varginha

O Incidente de Varginha ou ET de Varginha é como ficou conhecido pela imprensa brasileira uma possível aparição de objetos voadores não identificados (neste caso, naves espaciais, ou discos voadores de uma civilização extraterrestre) e a captura de criaturas extraterrestres de alto nível de civilização pelas autoridades brasileiras no dia 20 de janeiro de 1996, na cidade de Varginha, sul do Estado de Minas Gerais, cidade conhecida como centro da região produtora de café. Segundo uma testemunha as autoridades brasileiras já sabiam antecipadamente através da NORAD (Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte) que um OVNI iria invadir o espaço aéreo brasileiro (9 dias antes do incidente de Varginha) e que sobrevoaria a região do sudeste de Minas Gerais. Os programas de televisão foram montados com base nas entrevistas locais pelos jornalistas e não apresentaram provas físicas. A transmissão pelos programas de televisão fez a cidade de Varginha famosa, como a "Terra do ET", e vem trazendo um número elevado de turistas.

Os programas de televisão e páginas da Internet transmitiram as seguintes informações sobre o Incidente de Varginha.

As irmãs Liliane e Valquíria Silva, além da amiga mais velha de ambas, Kátia Xavier, ao passarem próximas a um terreno baldio no bairro Jardim Andere, afirmaram terem visto uma das tais criaturas, que teria pele marrom, viscosa, olhos enormes de cor vermelha e três protuberâncias na parte superior da cabeça, que era bastante volumosa. As três garotas, visivelmente abaladas emocionalmente, reafirmaram este relato diversas vezes, chegando a mãe das duas irmãs a afirmar, algum tempo depois, ter a sua família sido submetida a uma tentativa de suborno de um agente que não se identificou, para que não mais levassem a história adiante.

A mídia informou que várias testemunhas afirmam que no mesmo dia em que as três meninas teriam visto a tal criatura, também notaram uma movimentação anormal de patrulhas da PM, veículos do Exército e do Corpo de Bombeiros pela cidade. Um casal de testemunhas que também não tinham qualquer tipo de ligação com as primeiras também afirmaram terem visto um OVNI esfumaçado, e uma testemunha afirmou ter presenciado até a queda de um OVNI e a seus destroços sendo recolhidos por militares, em outros locais na mesma região de Varginha.[1]

Conforme os programas de televisão e as home pages que apareceram depois do Incidente de Varginha, a criatura extraterrestre possui as seguintes características:

  • Cabeça grande e careca;
  • Olhos grandes, vermelhos e sem pupila.
  • Língua preta, estreita e comprida
  • Três pequenas saliências na cabeça parecidas com chifres, um no meio e dois ao lado.
  • Pele marrom ou castanho e escura, coberta por uma oleosidade brilhante
  • Veias salientes e vermelhas no rosto, ombro e braços.
  • Três dedos nas mãos e pés grandes com dois dedos e sem unhas
  • Aproximadamente 1,60 m de altura
  • Produzia um som parecido com zumbido de abelha

Esses características correspondem àquelas do "Gray", um tipo famoso do extraterrestre comentado pelos ufólogos americanos.

Caso Vilas-Boas

O Caso Vilas-Boas é um dos mais famosos casos ufológicos brasileiros: foi a primeira alegação de abdução em todo o mundo e também o primeiro relato de contato imediato de quinto grau. Não foi, porém, o primeiro caso do gênero a ser publicado: embora o episódio tenha ocorrido em 1957, o relato do mesmo só foi publicado na edição de janeiro de 1965 do periódico estadunidense Flying Saucer Review. Quatro anos antes, a divulgação da suposta abdução do casal Hill havia já causado furor em todo mundo. Hoje parece certo que os Hill imaginaram toda a historia da sua alegada abdução e o Caso Hill é considerado obsoleto, ao passo que o Caso Vilas-Boas permanece inconclusivo quanto à sua veracidade ou falsidade.

Em 5 de outubro de 1957 os Vilas-Boas receberam visita, razão porque todos foram se deitar só por volta das 23h. Fazia bastante calor naquela noite e por isso Antônio abriu a janela do seu quarto, que dava para um terreiro. Estava em companhia do irmão João. De repente viu uma luz de procedência indefinida, bem mais clara que a do luar, iluminando todo o ambiente. Chamou pelo irmão, que não se interessou pelo fenômeno. Antônio logo fechou a janela e ambos foram dormir. Pouco depois, sem resistir à curiosidade, Antônio tornou a levantar-se e a abrir a janela. A luz continuava inalterada, mas de repente a mesma se deslocou para junto da janela. Assustado, Antonio fechou a janela com tanta força que acordou o irmão e, dentro do quarto escuro, ambos passaram a acompanhar a luz que entrava pelas venezianas. A luz se deslocou para o alto do telhado da casa, onde penetrou pelas frestas entre as telhas. Finalmente, depois de alguns minutos, a luz desapareceu e não retornou mais.

Em 14 de outubro houve um segundo incidente que ocorreu por volta de 21h30 ou 22 horas. Naquela ocasião, Antônio trabalhava com o trator em companhia de outro irmão (José, provavelmente). Subitamente eles avistaram uma luz muito clara, penetrante, a ponto de fazer doer as suas vistas. A luz era grande e redonda, como uma roda de carroça, e estava na ponta norte do campo. Era de um vermelho claro e iluminava uma grande área. Ao observarem melhor, distinguiram alguma coisa dentro da luz, mas não conseguiram precisar o que era, pois as suas vistas ficavam totalmente ofuscadas. Curioso, Antônio começou a correr atrás da luz, que por sua vez começou a fugir dele. Finalmente desistiu da empreitada e voltou para junto do irmão. Por uns poucos minutos, a luz ficou imóvel, à distância; ela parecia emitir raios intermitentes, em todas as direções. Em seguida desapareceu tão repentinamente que deu a impressão de ter simplesmente se apagado.

Na madrugada de 16 de outubro de 1957, Antônio arava a terra sozinho com o trator quando foi surpreendido por uma luz vermelha. A luz se aproximou, aumentando progressivamente de tamanho. Tratava-se de um objeto oval e brilhante, que ficou estático a uns 50 metros da cabeça do agricultor, pairando. Antônio ficou paralisado de medo. Após uns 2 minutos, o objeto desceu e pousou a uns 15 metros de distância do agricultor. Foi quando ele pôde distinguir nitidamente os contornos da máquina: era parecida com um ovo alongado, apresentando três picos metálicos, de ponta fina e base larga, disposto um ao lado do outro. Em cima da nave algo girava a alta velocidade e emitia uma luz vermelha fluorescente.

De repente, a parte debaixo do objeto se abriu e deixou sair três suportes metálicos. Antonio concluiu tratar-se do trem de pouso da nave. Percebendo que algo iminente iria acontecer com ele, resolveu fugir no trator, mas após avançar alguns metros com o veículo, o motor parou e os faróis se apagaram. Tentou ainda dar a partida, mas o motor não pegou mais. Antônio pulou do trator e começou a correr, porém um ser que mal chegava a altura dos seus ombros agarrou-o pelo braço. Desesperado, Antônio aplicou-lhe um golpe que o fez perder o equilíbrio, largar o seu braço e cair para trás. Novamente tentou correr, quando três outros seres instantaneamente o agarraram pelos braços e pernas e o ergueram do solo. Embora dominado, Antônio ofereceu resistência, mas os alienígenas conseguiram por fim fazê-lo subir por uma escada flexível e bambeante para o interior da nave.

No OVNI, Antônio foi completamente despido, a despeito dos seus esforços contrários. Um líquido oleoso, mas que não deixava a pele engordurada, foi passado em seu corpo com uma espécie de esponja. Em outra sala, dois seres se aproximaram com um tipo de cálice, do qual saíam dois tubos flexíveis. Eles colocaram a extremidade de um dos tubos no “cálice”; a outra ponta possuía uma peça de embocadura parecida com uma ventosa, que eles enfiaram no queixo de Vilas-Boas. O agricultor não sentiu dor, apenas a sensação de que a pele estava sendo sugada. Seu sangue escorreu pelo tubo e se depositou no cálice, que encheu até a metade. O tubo foi então retirado. O outro tubo, que ainda não havia sido usado, foi colocado do outro lado do queixo, de onde se coletou mais sangue, até completar o vasilhame. A pele de Antônio ficou ardendo e coçando no lugar da sangria.

Deixado sozinho numa sala que exalava uma fumaça de cheiro desagradável e sufocante, que lhe provocou vômitos, Antonio esperou por um longo tempo até que, para seu espanto, surgiu uma mulher inteiramente nua. Seus cabelos eram macios e louros, quase cor de platina - como que esbranquiçados - e lhe caíam na nuca, com as pontas viradas para dentro. Usava o cabelo repartido ao meio e tinha grandes olhos azuis, amendoados. Segundo Antônio, a alienígena era baixa, mas belíssima. O que mais lhe chamou a atenção foi o fato dela ter os pêlos das axilas e do púbis vermelhos.

Essa alienígena se aproximou de Antônio em silêncio, não deixando dúvidas acerca de suas intenções. Ela abraçou Antônio e começou a esfregar seu rosto e corpo contra o dele. A porta se fechou e Antônio ficou a sós com a alienígena, com quem acabou tendo várias relações sexuais.

Por fim, aparentando estar cansada, a alienígena passou a rejeitar Antônio. Antes de sair da sala, ela virou-se para ele e apontou, primeiro, para sua barriga, depois, com uma espécie de sorriso, para o próprio Antônio e, por último, para o alto - como se quisesse dizer que ele iria ser pai de um ser que nasceria entre as estrelas.

Logo em seguida um dos alienígenas voltou com a roupa de Antônio, que se vestiu imediatamente. Segundo Antônio, os alienígenas usavam macacões colantes, de um tecido bem grosso, cinzento, muito macio e, em alguns pontos, colado com tiras pretas. Cobrindo a cabeça e o pescoço, usavam um capacete da mesma cor, mas de material mais consistente e reforçado atrás, com estreitas tiras de metal. Este capacete cobria a cabeça toda, deixando à mostra somente os olhos, protegidos por um par de óculos redondos.

Antônio foi então levado para fora da nave. Antes, tentou ainda pegar um objeto para provar a história, mas os aliens perceberam e tomaram o objeto de volta. Por fim, a nave decolou verticalmente e sumiu em poucos minutos. Antônio calculou ter ficado no interior do óvni de 1h15min às 5h30min da madrugada – portanto, mais de quatro horas.

Noite Oficial dos OVNIs

Noite Oficial dos OVNIs é um termo adotado por ufólogos brasileiros para descrever a aparição de vários OVNIs sobre o Brasil de acordo com informações do Comando da Aeronáutica do Brasil.

O fato ocorreu na noite de 19 de maio de 1986. Cerca de vinte Objetos Voadores Não-Identificados (OVNIs), foram detectados pelos radares do Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA I), com sede em Brasília.

Esta revoada de OVNIs durou cerca de três horas, e foi observada nos estados de Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná. A situação chegou a tal ponto que o Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (COMDABRA) considerou a segurança de voo ameaçada, principalmente em São Paulo, onde se concentra o maior número de rotas aéreas do país, e onde os OVNIs estavam mais ativos.

Isso levou o Alto Comando da Força Aérea Brasileira a deflagrar duas operações de interceptação e perseguição dos OVNIs por caças F-5E e Mirage, uma partindo da Base Aérea de Santa Cruz (RJ) e outra de Anápolis (GO).

No dia seguinte, o então Ministro da Aeronáutica, o Tenente-Brigadeiro do Ar Octávio Júlio Moreira Lima, deu uma entrevista coletiva à imprensa, juntamente com os pilotos dos caças, confirmando os acontecimentos, por isso os eventos daquela noite ficaram conhecidos como a Noite Oficial dos OVNIs.

Em 25 de setembro de 2009 foi divulgado o relatório oficial da Força Aérea Brasileira sobre o caso, que diz: "Como conclusão dos fatos constantes observados, em quase todas as apresentações, este Comando é de parecer que os fenômenos são sólidos e refletem de certa forma inteligência, pela capacidade de acompanhar e manter distância dos observadores, como também voar em formação, não forçosamente tripulados

O Mistério das Máscaras de Chumbo

O Mistério das Máscaras de Chumbo ou "O Caso das Máscaras de Chumbo" é o nome dado aos acontecimentos que levaram à morte de dois técnicos em eletrônica brasileiros: Manoel Pereira da Cruz e Miguel José Viana. Seus corpos foram encontrados em 20 de agosto de 1966. Existem aqueles que acreditam no envolvimento de OVNIs e extraterrestres neste caso.

Um jovem chamado Jorge da Costa Alves (18 anos à época) empinava pipa no Morro do Vintém, em Niterói, Rio de Janeiro, quando encontrou os corpos de dois homens. Eles trajavam ternos e capas impermeáveis. Não havia sinais de violência nos corpos ou na área próxima. Perto dos corpos, a polícia encontrou uma garrafa de água vazia e um pacote com duas toalhas. O que realmente chamou a atenção das pessoas foram as máscaras de chumbo usadas pelos dois homens. Eram máscaras usadas tipicamente para proteção contra radiação, daí o nome do incidente. Para complicar as coisas ainda mais, a polícia achou um bloco de anotações com símbolos e números (notadamente códigos de referência para válvulas eletrônicas) e também uma carta em que estava escrito: "16:30 estar no local determinado. 18:30 ingerir cápsulas, após efeito proteger metais aguardar sinal máscara".

Durante o inquérito, os investigadores de polícia reconstituíram uma narrativa plausível dos últimos dias dos dois homens. Em 17 de agosto daquele ano, eles partiram de sua cidade, Campos dos Goytacazes, tendo dito que iam comprar material de trabalho. Testemunhas afirmaram que carregavam Cr$ 2.300.000 (cruzeiros), equivalente atualmente a R$ 3.000, mas o dinheiro não foi encontrado.

Tomaram um ônibus e chegaram em Niterói às 14h30min. Compraram capas impermeáveis numa lojinha e a garrafa de água num bar. A garçonete que os atendeu no bar disse que Miguel parecia muito nervoso e olhava para o relógio de pulso constantemente. Do bar, seguiram direto para o local em que foram encontrados mortos depois.

Gracinda Barbosa Cortino de Souza e seus filhos, que viviam próximos ao morro onde foram encontrados, afirmaram terem visto um OVNI sobrevoando o local no momento exato em que os investigadores acreditavam que os dois homens morreram.

Operação Prato

Operação Prato foi o nome dado a uma operação realizada pela Força Aérea Brasileira em 1977 e 1978, através do seu Comando Aéreo Regional em Belém, para verificar a ocorrência de estranhos fenômenos envolvendo luzes hostis relatados pela população do município de Colares, estado do Pará, Brasil.

Sob o comando do Capitão Uyrangê Bolivar Soares Nogueira de Hollanda Lima, que deu o nome à missão e formada por mais de duas dezenas de militares, a equipe investigou a área que fica no litoral próximo ao município de Vigia, munidos de câmeras fotográficas e filmadoras de 8 e de 16 mm. Seu principal objetivo era observar e registrar, de todas as formas possíveis, as estranhas e inexplicáveis manifestações relatadas pelos habitantes. O posto médico da cidade havia realizado atendimentos a diversas pessoas vítimas de queimaduras cujos responsáveis, segundo a população, eram estranhas luzes vindas do céu. O fenômeno era conhecido como chupa-chupa e a história estava criando certa histeria entre os moradores que, buscando uma controversa explicação religiosa, atribuía os ataques ao "diabo, que estaria na Terra para atacar os cristãos". Enquanto esteve na cidade, a equipe de Hollanda Lima conseguiu restabelecer a ordem e evitar o pânico, que levava muitos cidadãos a se organizarem para fazer vigílias e usar fogos de artifício na tentativa de afugentar as misteriosas luzes. A operação durou pouco mais de quatro meses e nos dois primeiros, a equipe do Capitão Hollanda Lima não registrou ocorrências, porém o cenário iria se modificar radicalmente segundo o militar.

Em 1997, vinte anos depois, Hollanda Lima concedeu uma entrevista aos pesquisadores Ademar José Gevaerd e Marco Antônio Petit relatando os acontecimentos e as atividades de sua equipe nos dois últimos meses da operação. Segundo ele, sua equipe presenciou as mais surpreendentes e estranhas manifestações de natureza desconhecida. Além de ter presenciado, os militares registraram os erráticos movimentos de pequenos objetos luminosos que julgou serem “sondas ufológicas”. Constataram também a presença de gigantescas naves que executavam manobras que destruiriam qualquer aeronave conhecida. Seriam maiores que “um prédio de trinta andares” em seu comprimento e emitiam luzes de várias cores. Tais “espaçonaves” recolhiam regularmente as “sondas pesquisadoras”. Em sua entrevista Hollanda Lima declarou que dois agentes do Serviço Nacional de Informação, também tiveram a oportunidade de presenciar estas manifestações envolvendo os objetos gigantes. O capitão pôde fotografar e filmar diversos tipos de luzes, das mais diversas dimensões. As cores também variavam e supunha ele que indicavam a função ou o tipo de manobra do “aparelho”. A equipe também recolheu relatos incríveis contados pela população ribeirinha. Alguns envolvendo seres luminosos saídos do interior de estranhos objetos. Esses seres arrebatavam pessoas com sua luminosidade. Outros sugavam o sangue das pessoas que capturavam. Um fato registrado é que na maioria dos episódios havia a presença de uma ou mais testemunhas.
A Operação Prato foi tema de um documentário do The History Channel, que no Brasil foi exibido com o título O Caso Roswell Brasileiro, dentro da série Arquivos Extraterrestres.

Originalmente, o Capitão Hollanda Lima dizia que apesar de crer na possibilidade de vida extraterrestre não acreditava ser esse o caso dos registros visuais em Colares, contudo mudou radicalmente a sua opinião durante o tempo em que esteve na região, pois teria visto, filmado e fotografado OVNIS sobrevoando a cidade, próximo aos locais onde o pessoal de sua equipe estava instalado. O comando da Aeronáutica oficializou o término da operação após quatro meses e ordenou o regresso da equipe. Porém o capitão disse que tentaria investigar ainda por conta própria. As luzes continuaram a ser vistas em Colares por algum tempo mas não com a mesma intensidade e casos de vítimas das queimaduras não foram mais registrados. Uyrangê Bolívar Hollanda Lima foi encontrado morto em sua casa na Região dos Lagos no Rio de Janeiro dois meses após sua entrevista ser dada. Ufólogos que ficaram amigos do militar afirmam não acreditar que ele tenha realmente se suicidado, lançando suspeitas sobre uma conspiração de assassinato. Todo o material registrado pela sua equipe durante a Operação Prato ficou em posse da FAB, que só começou a liberar os arquivos ao público em 2008.